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7 de julho de 2010

HPV- Falta de informação pode agravar esse problema

Nos tempos modernos em que vivemos, é normal iniciar a vida sexual cada vez mais cedo. E a maioria das meninas conhece as formas de contracepção e prevenção às doenças sexualmente transmissíveis. Mesmo seguindo à risca as recomendações, algumas logo procuram o médico com queixas de dor na hora da relação sexual e descobrem que pouco ou nada sabiam sobre uma doença séria: o HPV (Papiloma Vírus Humano), que é um vírus transmitido pelo contato sexual afetando a área genital tanto de homens como de mulheres.
Uma das características desse vírus é que ele pode ficar instalado no corpo por muito tempo sem se manifestar, entrando em ação, em determinadas situações, como na gravidez ou numa fase de estresse, quando a defesa do organismo se abala.
Na maior parte das vezes a infecção pelo HPV não apresenta sintomas. A mulher tanto pode sentir uma leve coceira, ter dor durante a relação sexual ou notar um corrimento. O mais comum é ela não perceber qualquer alteração em seu corpo.
Geralmente, esta infecção não resulta em câncer, mas é comprovado que 99% das mulheres que têm câncer do colo uterino, foram antes infectadas por este vírus. No Brasil, cerca de 7 mil mulheres morrem anualmente por este tipo de tumor.
O ginecologista e obstetra Ruy Alberto Truyts é especialista no HPV e afirmou que existem mais de 150 subtipos de doença identificados, e cerca de 80 deles são combatidos. “A maioria das infecções tendem a desaparecer espontaneamente em um ano, mas é aconselhável procurar um profissional”. O médico explica porque os jovens são as principais vítimas desta doença. “Os jovens estão iniciando a vida sexual, e o colo do útero ainda é imaturo e mais vulnerável. Estima-se que 70% das jovens contraem o vírus no primeiro ano de relacionamento sexual”. Segundo ele, o contágio se dá na maioria das vezes pela relação sexual, sendo rara a contaminação pelo uso compartilhado de sabonetes, toalhas e roupas íntimas.
Ele ainda afirmou que existem diferenças para os homens e as mulheres na hora da prevenção. “Nas mulheres, a principal forma de diagnosticar é fazendo o exame ginecológico e o papanicolau. Se realizado com regularidade, ele detecta e acelera o tratamento antes que se agrave”.
Para os homens, é um pouco mais simples. “O vírus raramente causa sintomas nos homens, a forma de prevenção é praticar sexo seguro com o uso da camisinha e limitar o número de parceiras”, enfatizou Ruy, garantindo que essa forma também é válida para as mulheres.

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