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20 de janeiro de 2008

Que se alegrem os psicólogos

Há algum tempo venho analisando o comportamento humano. O polêmico governo Collor abriu a exportação brasileira, e com isso conhecemos de fato e direito a modernidade. Celulares, carros i portados, ipods e acesso a internet, hoje em dia fazem parte da nossa geração. É claro que tudo isso é muito vantajoso, mas como tudo na vida, se não for bem aproveitado pode acarretar graves problemas. E analisando o comportamento da maioria das pessoas em relação a essas "novidades" cheguei a uma conclusão assustadora. Veja os exemplos abaixo, e no caso de se encaixar em alguns, ou até todos eles, se prepare: Seu futuro será no divâ de um dos futuros milionários psicólogos.
Pense nessa cena. Você precisa falar com um vizinho. Logo manda um emai, frio e objetivo, esperando resolver o assunto. Porque não vai a casa dele? Antes que você me responda:"É a correria do dia a dia", lhe retruco; Mesmo antes dos emails e celulares tínhamos uma vida corrida, mas não deixávamos de conviver com as pessoas. Sou do tipo que prefere um contato real, olhar no olho, sorrir, do que ficar a mercê do mundo virtual. E o caso dos nossos ipods, mp3,4,5,6,7... então? Tudo bem, é espetacular poder ouvir aquilo que queremos sem nenhum questionamento. Ma daí a se isolar do mundo com um fone de ouvido, é um sério problema. Fiquei sabendo que na Europa, fizeram uma balada onde cada pessoa ouvia suas músicas no ipod, dançando isoladamente. Se essa moda pega no Brasil é o armagedon. As crianças hoje brincam cada vez menos. A moda é jogar no pc. Esconde-esconde, bandeirinha, taco?Tudo coisa do passado. Já estou imaginando a cena de um casamento sendo realizado no computador, com os convidados assistindo a tudo pela web cam. Inclusive com os noivos cada um em sua casa respondendo ao padre pelo msn se aceitam um ao outro. É mais comodo né.
O fato é: Daqui há dez, no máximo quinze anos, por causa desse isolamento e mau uso das modernidades, a grande maioria da população terá graves problemas de depressão. As pessoas não saberão mais lidar em grupo. Os homens bem sucedidos procurarão os psicólogos para continuarem no topo, saberem lidar com as controvérsias. E as pessoas depressivas, mal sucedidas irão para o divã na busca de reaprender coisas simples, como conviver, ouvir não, levar um fora em balada e etc.
Vou deixar aqui dois conselhos que servem também como moral da história.
Conviva mais, leia mais, sorria mais, conheça mais pessoas, largue um pouco o pc, o ipod, e viva mais, aproveite mais as coisas antigas, que com certeza também são muito mais prazerosas. Repito: VIVA MAIS, seja o artista principal da sua vida, busque as emoções: grandes, pequenas, constantes, passageiras..enfim..
E o outro conselho é para você, inteligente, que gosta e valoriza o convívio com os seres humanos, e ainda não decidiu o que vai seguir profissionalmente. Não pense duas vezes. Faça psicologia. Será num futuro próximo a profissão mais valorizada e bem remunerada no país.
Isso se você não entrar em depressão antes, pela correria do dia a dia, busca insana a gananciosa por ser bem sucedido no mercado profissional, loucura por comprar um modelo novo de celular que sai de 5 em 5 minutos, e assim vai....

2 comentários:

Anônimo disse...

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças
Luis Fernando Veríssimo


é bem a situação do Artigo Nic, as pessoas estão se tornando cada vez mais egoístas em coisas do cotidiano..
Ficou muito bom o artigo, e tomará que essa moda do Ipod não pegue no Brasil rs...

Anônimo disse...

Nem mesmo no ônibus, um espaço (bastante) social, as pessoas se olham ou trocam idéia apesar de se esfregarem uma na outra, terem de se sentar lado a lado e, às vezes, terem de carregar o material de quem ficou de pé => tudo em silêncio.
Será que isso é diferente em outras regiões?